segunda-feira, 23 de novembro de 2009

um dia é noite-dia-noite

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uma noite é uma noite


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dessa
. quando partir
não faça força
é que a sensação será a mesma

dessa
. quando partir
não se apegue
perceba que está sonhando
e lance os olhos pelo ar




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"Quero ser compreendido pelo meu país,
mas se não for, tanto faz,
passarei por vocês de viés
como a chuva oblíqua passa"

(maiakóvski)

sobre as pinturas rupestres
lembrando que também leminski gostava de poetas egípcios, maias e outras pedras e papiros do caminho louco
e aproveitando o augusto de campos


Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo, nada que eu veja vale o que eu não vejo


(1174-1974 procura no google!)



isso aqui tá uma baderna mesmo

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domingo, 8 de novembro de 2009

não existe gente grande

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eu nunca fui bom com palavras

embora o poeta da gente sempre tenha sido eu

eu sempre amo o que você foi

a vida não é lutar contra ela

o bonito é ser beleza para alguém

não existe gente grande ( "you´re a big girl now")

não calcifique os ossos da cabeça

viva perigosamente

nas fronteiras

não calcifique os ossos da cabeça

somos uma memória em alguém

não existe gente grande

a vida não é lutar contra a vida

ávida virevira

o bonito é ser uma beleza

viva poéticamente

viva a poesia em alguém

a vida não é lutar contra a vida

vire a memória também

virevira

sentipense

não calcifique os ossos da cabeça

não esqueça não esqueça

adeus

não calcifique os ossos da cabeça

não esqueça não esqueça

revire os ossos da cabeça

não existe gente grande

little miss blue

baby blue

sentipense seja

viva perigosamente

na fronteira

veja com os olhos de escuridão

viva perigosamente

senteseja

não lhe custa nada

só lhe custa a vida










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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

dormindo na rua

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marquise. na calçada estreita a chuva molha a cabeça do cachorro inerte.
atravessando os ossos um suor contínuo jorra por todos os poros da cabeça canibal.
hemorragia de mestre louco. sangue nos cabelos.
a cabeça molhada de cachorro entre meus dentes.

agora de todos os sentidos só me resta o faro
de uma multidão animal passando pela rua em reverência.









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Boneca Semiótica

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Jards Macalé - Rogério Duarte - Duda - Ricardo Chacal
Samba É Sempre A Mesma História
"Nosso Amor Morreu Na Glória"
A boneca foi embora
Não obstante esqueceu o seu
fantasma
A paisagem é uma floresta
de signos malignos que você desenhou
Paisagem De Fim De Festa:
Rótulo roto Vidro partido
Onde havia um sentido que você
apagou
Você venceu com A Lógica
Digital e analógica
Você não passa de progamadora
de repertório redundante da minha Dor.

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